Viagem com a filhota... E o filme deste final de semana foi Alvin e Os Esquilos Na Estrada.
É aquele clichê básico de várias situações problemas provocadas pelo esquilinho de vermelho, sempre desafiador, mas dessa vez a moral foi um pouco mais profunda.
Dave, seu tutor, agora é produtor musical e os esquilos não fazem mais shows.
Durante a produção e lançamento de uma nova artista, Dave apresenta a nova namorada aos 'filhos' e, por acaso, os pequenos conhecem o filho dela antes de serem oficialmente apresentados ao garoto, Miles.
Adolescência, como todos sabemos, é um período cheio de mudanças: físicas, fisiológicas, emocionais e, algumas vezes, familiares.
Miles, aparentemente, é o grande sacana do filme, que vai zoar os esquilos até não aguentar mais, porém por trás da carapuça o que percebemos é um adolescente revoltado e que não quer perder o mundo que criou com a mãe. Os esquilos, da mesma forma, não querem perder seu 'posto' com Dave. Juntos, resolvem boicotar o que acreditam ser a perda do pai e da mãe de cada um deles.
E assim a aventura começa.
Viajando pelos Estados Unidos, várias confusões ocorrem pelo caminho, mas com elas belos cenários: Nova Orleans e seu 'carnaval' e, claro, a Flórida, o estado ensolarado onde tudo acontece.
No final, muitas peripécias e broncas depois, tudo se acerta e a mensagem moral surge de mansinho, mostrando o quanto a família e pequenas mudanças podem ser traumáticas, porém benéficas.
Para a turminha, é diversão garantida. Para os adultos, há que se prestar atenção o quanto as decisões podem ser delicadas nas relações.
O filme que fala sobre as emoções básicas da menina Riley foi o que fechou o final de semana. E eu o achei incrível.
O primeiro momento, a formação dos sentimentos, das memórias, as relações familiares, com os amigos... Depois, as mudanças e a crença de que tudo está muito bem e de que tudo precisa ser alegre, sem deixar as demais emoções cumprirem seu papel na vida da menina...
Quando tudo sai do lugar, a mudança de cidade, as mudanças da idade [novamente falamos aqui de adolescência]...
E as próprias emoções, confusas entre si, acabam se complicando e os aspectos da personalidade da garota vão, aos poucos, se modificando e, ao final, se fortalecendo, mas não pelos caminhos esperados.
É interessante perceber como tudo pode mudar de uma hora para outra e que, muitas vezes, os caminhos que trilhamos podem não ser os desejados, mas são os que nos levam onde precisamos ir.
E é bem isso que Divertida Mente mostra: o quanto as escolhas de um e de outro podem interferir, positiva e negativamente, na vida de outros e nas relações entre essas pessoas.
Vale mais para os adultos que para as crianças.
A animação é linda, mas a temática central e o desenvolvimento dela, são um pouco complexos para a turminha.