terça-feira, 27 de outubro de 2015

Caixa de Pássaros - Josh Malerman

Com uma premissa interessante, instigante, Caixa de Pássaros promete ao leitor um passeio aterrorizante, tenso e de muito terror.

Romance de estreia do autor Josh Malerman, este livro é, de fato, tenso, levando o leitor por caminhos altamente sugestivos, de muito medo e terror, inclusive por ser possível o próprio leitor pensar em como seria se isto acontecesse de fato.

Uma praga atinge o mundo. Entretanto, ninguém consegue descobrir nada sobre esta praga, justamente pela loucura que ela promove naqueles que olham, que vêem. Sem saber para o que, ou como, cada pessoa é atingida e daí tudo o que acontece é, simplesmente, muito bem escrito e descrito pelo autor.

Apesar de facilmente se enquadrar na categoria Terror, Caixa de Pássaros, antes disso, é um suspense fantástico, eletrizante, que provoca uma leitura rápida e muita tensão e momentos de respiração suspensa - esteja o leitor onde estiver.

Com quase 300 páginas, a leitura é rápida, fluida, gostosa, trazendo momentos de pura tensão e medo. 

Resumindo, cumpre a promessa de aterrorizar com muito louvor.

O final, surpreendente, mostra o quanto a humanidade é pequena e frágil, sempre precisando de um apoio, sempre precisando de auxílio.

Malerman iniciou muito bem e, se continuar com obras neste nível, certamente poderá ser considerado um substituto, à altura, de Stephen King, quando, e se, ele partir para outros mundos.

Vale cada minuto e cada virada de página. Sendo também muito recomendado por outros leitores que apresentam resenhas em diversos blogs, como o Biblioteca do Terror.

Nota 10!

sábado, 24 de outubro de 2015

2001 Uma Odisséia no Espaço - Arthur C. Clarke

Escrito entre 1964 e 1968, utilizando uma cientificidade que, para aquela época, era inédita, Arthur C. Clarke nos deixa uma obra fantástica, onde explora as viagens espaciais ainda por existir e a teoria do 'multiverso', de que não estaríamos sozinhos e que a Terra não é o único planeta a ter vida.

Aqui temos teorias incríveis sobre as possibilidades de conhecimento, sendo o homem um produto moldado por um ser maior, uma 'inteligência superior', de onde todos viriam e para onde todos vão, alguns com potenciais maiores, outros menos providos e que precisariam de mais tempo para alcançar os objetivos especificados por esta inteligência.

Explorando todas as possibilidades, com um texto riquíssimo em detalhes e informações que surpreendem, Clarke nos leva a viajar com os astronautas em uma nave hiper inteligente, enfrentar um robô déspota e encarar a morte por um aspecto completamente inesperado - se é que se pode considerar isso como tal.

Utilizando teorias existenciais que já figuram entre filósofos e outros estudiosos da evolução humana, Clarke demonstra ser bom conhecedor das diversas teorias do desenvolvimento humano, associando-as, muito satisfatoriamente, aos conhecimentos sobre informática e robótica, que àquela época, ainda eram escassos, talvez pouco divulgados.

Este é um livro para ler desejando ler suas continuações - 2010  e 3001 e só então, apesar de não estarem interligados, assistir ao filme de Stanley Kubrick.

Uma ótima dica e uma ótima leitura!

Nota 9,5!

sábado, 3 de outubro de 2015

666 - O Limiar do Inferno - Jay Anson

Escolhido ao acaso, eu esperava mais deste livro.

Conhecido pelo livro que deu origem ao filme "Horror em Amityville", livro este considerado bem melhor que 666 - O Limiar do Inferno.

A premissa é aterrorizar, porém logo no início da trama, tentando envolver o leitor, o autor peca no excesso de detalhes, tornando a leitura cansativa.

Com detalhes demais, ao chegar à metade do livro, leitores experientes conseguem facilmente prever o final da história, porém, há que se dar o devido crédito ao autor: a reversão de papéis é surpreendente.

No texto carregado de fatos históricos, bastante interessantes por sinal, Anson, aos poucos, cria uma atmosfera assustadora e tensa, instigando o leitor a prosseguir e querer chegar até o final do livro, mesmo que em determinados momentos pareça quase impossível continuar devido aos excessos do autor.

Os personagens, apesar de bem detalhados e com relações bem estabelecidas, são rasos e, em determinados momentos, inúteis.

São diversas situações que favorecem positivamente a história, mas nada que se possa considerar lógico, ainda que a história se passe na década de 70, pois, mesmo neste período, informações, jornais e telefonemas já corriam o país - no caso, os Estados Unidos da América - obrigando o leitor a creditar certa futilidade às palavras do autor.

De uma maneira geral, vale a pena ler este livro - ainda mais quando não houver nada mais interessante na fila de 'próximas leituras'. Considerei muito melhor a trama da metade para a frente, onde os excessivos detalhes e personagens dão razão à história. 

E mesmo que se diga que o início do livro deve preparar o leitor para história, começar a desenvolver a trama na metade da história é um certo exagero.

Nota 8.