quinta-feira, 31 de março de 2016

O Mundo Explicado por T. S. Spivet

Um exemplar que estava com o valor bem baixo na bienal do ano passado.


Eu não conhecia a história.  Muito menos que havia um filme baseado neste livro - oh, novidade... Ainda não vi o filme,  mas esta foi a leitura desta última quinzena.

E, agora, me pergunto: como resenhar a história deste garotinho? 


Será que devo pensar em como avaliar seu comportamento no decorrer das 376 páginas, ou apenas falar da história,  do livro per se?

É um tanto complexo, do começo ao fim.


Delicado, desafiador, instigante, cansativo, provocante, delicioso.

Há momentos de alegria e prazer nesta leitura,  entendendo a situação,  o modo como o menino encara seus dias e as mudanças. Há  momentos de tensão, bem colocados pelo autor e tradutor, que prendem e provocam o leitor a ir além. Há  momentos de medo e desespero por pensar que as coisas, não necessariamente,  sairão como pensamos.

E um final bastante bonito e simples,  que fecha com louvor a leitura, apesar de não ser, exatamente,  surpreendente.

Larsen conseguiu unir paixão, medo e aventura na mesma história,  uma boa história,  cheia de referências e informações históricas, incluindo a possibilidade de uma análise comportamental dos personagens e, quem sabe, do próprio leitor por si mesmo.

Uma obra gostosa de ler. Para realmente relaxar e distrair. 


Só penso que seria mais tranquilo se a diagramação fosse em fontes um pouco maiores.  Facilitaria bastante a leitura.

As notas e informações nas laterais das páginas tornam esta uma leitura bastante interessante. Principalmente para aqueles que tem contato e trabalham com crianças e adolescentes.

Vale a leitura!

Nota 8!

terça-feira, 15 de março de 2016

O Pianista - Wladislaw Szpilman

O livro desta semana foi O Pianista, de Wladislaw Szpilman. Um relato verídico das muitas atrocidades ocorridas durante o período de controle alemão sobre Varsóvia,  na Polônia.


Em uma linguagem simples e de muito fácil compreensão,  Szpilman apresenta sua vida, sua carreira, sua família e as muitas dificuldades que viveram e que, depois,  sozinho, foi obrigado a enfrentar tantas outras, passando, fome e frio e com o pavor de morrer a cada dia.

O relato deu origem ao filme homônimo,  dirigido por Roman Polanski, muito premiado.

Apesar de muito simplista, e bastante direto, o autor aprofunda a visão superficial que tantos têm do período de ocupação alemão e o jugo imposto por Hitler e os soldados de cada um dos exércitos.

A crueldade,  as tantas e tantas formas utilizadas para tortura e para atormentar cada indivíduo... 

Tudo isso relatado de maneira visceral, clara, no intuito realmente de mostrar o que ocorria neste tão nefasto período.

A história da sobrevivência deste homem é, de fato, fantástica e muito surpreendente. E, apesar de toda a minha dificuldade em lidar com o tema nazismo, o que me fez demorar mais que o previsto neste livro, achei linda e comovente a história de Wladislaw.

Vale a leitura, com toda a certeza! 

Nota 9!

sábado, 5 de março de 2016

Ao meu ídolo, com amor - Mariana Pereira

Este me foi indicado pelo rapaz que trabalha na livraria, há um ano.  


Ele disse que era um bom livro, com uma boa trama e melhor ainda por ser nacional. Na minha opinião romances policiais brasileiros não são assim tão bons,  mas há aqueles que se superam, então investi.

A trama construída por Mariana Pereira nos apresenta Bernardo Monteiro, um ator super famoso, cobiçado e adorado pelas fãs, perde suas namoradas, brutalmente assassinadas.

Sendo assim, conhecemos Ana Maria, investigadora chefe da polícia, novinha, carregada de clichés em sua própria vida - clichés estes que se arrastam ao longo da trama e, junto com ela o restante do corpo policial da trama. Com direito a participação do exército brasileiro, inclusive.

O texto é,  relativamente, fraco e os personagens e diálogos são apoiados em tantos clichés (de novo) que assustam e cansam o leitor.

Há bons momentos, sim, e descobrir o assassino fica, de fato, para o clímax,  apesar de haver algumas indicações no decorrer da história de quem seria o autor dos crimes, sem, entretanto, revelar diretamente sua identidade ao leitor [como acontece em algumas histórias]. As páginas correm rapidamente, pois o texto de Mariana é bastante simples e recheados de diálogos. 

Alguns bastante engraçados, inclusive.

É um livro para passar o tempo e curtir uma história mais popular e conhecida.

E, além disso,  para aprender como construir uma história e não utilizar clichés entre e com os personagens.

Nota 6,5!