segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

As Aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain

No início de dezembro passado, terminando um livro e conversando com um amigo muito querido, recebi a indicação de leitura de As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain.

Thomas Sawyer é um menino órfão de pai e mãe, que vive com seu irmão Sid, ambos criados pela tia Polly. É uma criança alegre, que adora brincar, se divertir e demonstra grande sofrimento com a necessidade de ir à escola ou à igreja aos domingos, tendo apenas o sábado de folga para se divertir à vontade.

Acontece que em um destes sábados, por ter aprontado mais uma das suas, recebe um castigo que o deixa desolado, mas que ele mesmo, com suas artimanhas, consegue revertê-lo em seu próprio benefício, sem, com isso, deixar de cumprir com a tarefa imposta por sua tia Polly.

Em sua cabeça, milhares de possibilidades surgem, uma sempre mais atraente que a anterior, e os caminhos para atingir os objetivos são, geralmente, trilhados com o grande amigo Huckleberry Finn [que posteriormente tem sua história contada em um livro único e denominado o melhor livro do autor]. Mas, mesmo sendo um grande amigo, Tom não revela a Huck sua paixão por Becky, paixão que durante grande parte da história dá um verdadeiro susto na população da aldeia onde vivem e, por alguns breves instantes, também no leitor.

No decorrer de todas as suas aventuras, Tom e Huck acabam protagonizando juntos o último terço do livro, mostrando o quanto crianças podem ser maduras em alguns momentos da vida. 

Ainda que de grande ingenuidade, Tom e sua turma acreditam em todos os rituais, rezas e tudo o mais que escutam. Além disso, o autor trabalha a relação de confiança entre os personagens infantis, além de trabalhar isso também entre os personagens adultos, que, no fim das contas, não parecem tão mais maduros assim que as crianças.

Há trechos na história em que o leitor é quase carregado nos braços, noutros é deixado no chão a arrastar as próprias pernas. É uma história leve, com um perfil mais puxado para literatura infanto-juvenil, mas que não deixa absolutamente nada a desejar para o público adulto, pois leva cada leitor a relembrar seus tempos de criança.

Gostei muito da leitura. 
Huck Finn já é o próximo da fila! 

Nota 9,5!