segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Rebelião de Lúcifer - J. J. Benítez

Desafio literário 2017 - maio: um livro ganhado. 

Apesar de ter demorado quase 4 meses na leitura deste bonitão, ainda o considero como "o livro de maio". Hahahaha :/

Enfim... 


Por vários momentos quase desisti da leitura dele, não devido à sua complexidade, mas pela extensão das muitas (MUITAS) explanações e explicações do autor durante as 478 páginas.

J. J. Benítez é bastante conhecido pela série de livro O Cavalo de Tróia, onde aborda a vida de Jesus Cristo e as várias situações históricas que envolvem esta persona. 

Em A Rebelião de Lúcifer não é diferente.
A contextualização histórica ocorre, e certamente muitas foram as horas de estudo para o desenvolvimento desta história contestadora, e é bem situada na Terra enquanto planeta de um sistema que é bastante diferente do "sistema solar" que temos conhecimento.

Apesar da aura de mistério e dos olhares intrigados de quem vê a capa do livro, com seu título nada atraente, da primeira à última página ficamos conhecendo como se deu a revolta e, posteriormente, a rebelião daquele que é tido como o "demônio em pessoa-anjo rebelde desrespeitador-ser egocêntrico que se acreditava maior que Deus".

Em uma linguagem culta, e carregado de explicações e contextualizações históricas de situações que nos foram apresentadas, em sua maioria, pela igreja católica - ainda que com muitas distorções -, Benítez nos mostra as possibilidades de essas situações serem MUITO diferentes de tudo o que conhecemos e, sequer, imaginamos.

Seus estudos, baseados no Livro de Urântia, publicado em XXXX, e que possui um capítulo para a dita rebelião, trazem questionamentos sobre tudo o que já foi dito, explicado e desdito em relação à chegada de Jesus Cristo à Terra, assim como da influência de Lúcifer (vulgo Satã) nas relações e comportamento humanos.

Em muitas das resenhas que li sobre este livro, várias delas apontavam que "se você não tem a mente aberta, nem leia esta obra". Eu, entretanto, penso exatamente o contrário: se tem a mente fechada para várias coisas da vida, que leia, que questione, que amplie seu pensamento. Nada é 100% exato na Vida e, nesse caso, a possibilidade de manipulação por parte dos seres humanos que mostram "como as coisas devem ser (ou foram)" faz ainda mais sentido que tal obra seja lida, questionada, discutida. 

O enredo, por conta das próprias explicações e do nível de detalhamento da história, é bastante denso e carregado e toma muito tempo de leitura. 

No final, a vontade de ver se há um segundo volume para conhecer a continuidade da história, é enorme. 
Sim! Apesar da densidade, e de toda a controvérsia envolvida na história, o autor nos deixa com aquele gostinho de quero mais. Provavelmente sua ferramenta de sucesso até hoje. 

Indico a leitura sem associar com outras atividades mentais/leituras ao longo de, pelo menos, um mês. Assim dá para desfrutar mais desse fantástico pedacinho de história.

Nota 8,5.