domingo, 31 de maio de 2015

Anel de Vidro - Ana Luisa Escorel

Depois de um semestre cheio de leituras (de artigos cientificos - último ano de graduação,  TCC... Enfim...), volto aos livros.

Neste reinício,  apesar de estar caminhando com  King of Thorns, de Mark Lawrence, li Anel de Vidro. Literatura brasileira,  recente, escrito por Ana Luisa Escorel, designer e romancista,  filha do crítico Antonio Candido.

Meados do século XX,  uma cidade não claramente declarada, uma estatal apoiada por um Ministério - da Cultura,  talvez? - e quatro pessoas, vivenciando cada um a mesma situação,  sob olhares diferentes.

Nesta história,  bem feita, sobre a crise conjugal  e
a crise que a maioria dos homens vive quando próximos dos 40 anos, sua necessidade de se reafirmar,  se impor socialmente enquanto homem,  a autora nos faz viajar sobre essas relações,  sentir, pensar e, até,  opinar - indiretamente,  claro - na história de cada um. A mulher, o amante,  o marido e a esposa, cada um com seu um olhar sobre a  mesma situação.

Em si, um bom livro,  com uma história bem explorada e escrita, apesar da linguagem mais rebuscada,  relativamente antiga,  que nos faz imaginar ler uma obra de Machado ou Eça.

É  bastante interessante essa leitura, principalmente pelo fato da profundidade psicológica dada a cada um dos personagens,  seus pensamentos e situações de vida que os fizeram chegar onde a história os apresenta.

Na minha opinião,  com mais destaque para a busca constante de afirmação de uma, oprimida pela família,  e pela busca de outro pelo amor daqueles que nunca teve, por suas batalhas internas e constantes, e sua dedicação aos quais podia se dedicar.

Nota 8.