terça-feira, 22 de setembro de 2015

A Metamorfose - Franz Kafka

Um dos grandes clássicos da literatura mundial, A Metamorfose, de Franz Kafka, reflete muito do que vivemos socialmente  nos dias atuais.  Ainda que tenha sido escrito há mais de um século.

Aqui, o protagonista vive um dilema existencial,  de onde passa de provedor da família a estorvo e complicador das relações familiares e sociais.

Gregor Samsa trabalha com algo que não gosta, mas que subsidia a família de forma bastante conveniente,  permitindo certa liberdade nas relações entre os pais e a irmã,  porém, a partir de sua metamorfose, esta conveniência  escorre pelo ralo, obrigando a família a buscar alter alternativas e, desta forma, subsidiar Gregor, além de precisar suportar sua asquerosidade.

O conflito se apoia justamente na questão dos interesses, levando o leitor a questionar até que ponto o rapaz era de fato amado e respeitado pela família e também em seu local de trabalho,  de onde sai um patrão muito indignado e cobrador de situações nunca antes expostas a Gregor.

A escrita do autor, apesar de embaraçada, é bastante simples,  com diversos momentos de sátira aos grandes conceitos sociais, familiares e de respeito, componentes da sociedade atual e, além disso  uma crítica ferrenha aos moldes econômicos do capitalismo,  baseado no interesse, na produção,  no lucro, enxergando o ser humano como um inseto asqueroso a partir do momento em que este já não lhe oferece o que deseja.

Com poucas páginas,  é uma leitura que permite ao leitor grandes questionamentos sobre si e suas relações de toda ordem, além de garantir momentos de comicidade bastante interessantes.

Nota 8,5!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Nas Asas do Águia - Cristiane Peixoto

No primeiro final de semana de setembro  fomos à  Bienal Rio. Um domingo,  mas sem desanimar, apesar de todo o cansaço.  


Como bons leitores e buscadores de bons livros em ofertas  - que  havia de montão  naquele dia -, andamos um bocado.

Ao chegar ao estande de uma grande editora,  fui abordada por uma autora nova,  que estava lançando seu primeiro livro  e que foi de uma simplicidade e doçura  salutares. Sendo o livro de um tema bastante interessante,  apesar de ser uma autobiografia.

Em Nas Asas do Águia, Cristiane Peixoto nos mostra como foi muito de sua vida. Suas lutas,  suas buscas, seus medos e enfrentamentos, que mesmo chorando tristemente teve a humildade de buscar e aprender.

O livro nos remete a muito do que se lê em matéria de auto conhecimento: a Fernão Capelo Gaivota, Ilusões  e Longe é um lugar que não existe, todos de autoria de  Richard Bach, até  a livros como A Profecia Celestina e suas continuações.

É  uma história muito gostosa, que nos faz, rir, corar, chorar, ficar pensativa e nos passa e permite tantos sentimentos...

Achei muito bom e interessante. Vale bastante a leitura.

Nota 9!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Último Patriota - Brad Thor

Brad Thor atuou no Afeganistão  e fez parte dos serviços militares dos E.U.A., utilizando de maneira bastante interessante seus conhecimentos e recursos para produzir este romance.


Baseando-se na história do Islamismo,  mas alterando determinados fatos históricos e criando alguns outros a favor de sua obra, o autor nos apresenta uma história interessante, gostosa de ler, com muitos dados técnicos que deixam o leitor de queixo caído mediante tantas informações sobre os militares norte-americanos.

Basicamente, uma descoberta pode mudar toda a história da religião islâmica,  e para impedir que isso aconteça,  alguns fundamentalistas precisam exterminar aqueles que desejam expor essa descoberta.  Nesse ínterim, um agente do FBI afastado acaba se envolvendo sem querer na história,  sendo o grande 'mocinho' das histórias do autor,  pelo que pesquisei.

Pode ser lido em sequência ou independente,  como eu fiz,  mas de todo modo é um livro que prende a atenção,  desperta o interesse e a curiosidade do leitor, provocando certo êxtase em determinados trechos e uma breve sensação de vazio em outros.

De tal modo é,  que no final, esperando um fechamento interessante,  o leitor recebe apenas um  "mais-do-mesmo", apesar de apresentado de forma diferente e que poderia ser, de fato,  diferente.

Apesar de tudo isso,  vale a pena a leitura.

Nota 8.