quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Fúria - Stephen King

Publicado em 1977, sob o pseudônimo de Richard Bachman, Fúria apresenta a história de Charlie Decker, uma verdadeira bomba relógio programada  pela família e pelo sistema, este, considerado por ele, não  tão  válido  para o aprendizado que julga ser adequado.


A história começa com Charlie sendo chamado à secretaria da escola para reavaliação de seu comportamento em uma situação com um professor que é esclarecida posteriormente ao leitor e mostra, claramente,  a perturbação mental do garoto. Ainda que no decorrer da trama a formação de caráter do rapaz deixe bem clara suas influências e justificativas psicossociais, não é possível considerá-las justificáveis,  o que torna o comportamento dos colegas de classe de Charlie bastante questionável.

Percebe-se aqui a alteração do perfil do algoz - Charlie -, que passa a ser, então, uma espécie de herói adolescente, tornando perceptível que o grupo de adolescentes é cheio de conflitos pessoais e sociais.

A 'lavagem de roupa suja' que ocorre dentro deste grupo, sendo guiados por um outro adolescente,  este com sérios problemas psicológicos,  é bastante interessante,  pois mostra como basta acreditar numa ameaça potencial para que aqueles que não se suportam se unam em defesa ao agressor, estranhamente não identificado em Charlie,  que passa boa parte da trama sobre o cadáver de uma professora sem se importar com isso.

O livro, de modo geral, vale a pena por ser um dos clássicos do autor,  do início de sua carreira, que foi proibido pelo próprio Stephen King após o episódio do massacre da escola de Columbine, onde encontararam um exemplar do livro no armário do adolescente que promoveu o massacre.

Disponível apenas na antologia Os Livros de Bachman, publicado na década de 80 pela editora Francisco Alves, e em versão digital, é um livro que não merece toda a atenção dispensada por alguns fãs do autor, mas que cumpre seu papel no quesito entretenimento, além de apresentar um bom suspense.

Nota 7,5.

4 comentários:

  1. Eu o acho bem regular, mas vale a leitura, muito mais pela curiosidade a respeito da obra proibida. Em alguns sentidos, King... digo, Bachman... em alguns sentidos, ele conduz muito bem a "lavagem de roupa suja", mostrando as angústias e até mesmo ressentimentos guardados de alguns dos alunos, mas em outros, a obra me parece um tanto crua e imatura; sinto que falta alguma coisa, mesmo para uma obra de início de carreira. Mas, como disse, vale a leitura e não chega a ser ruim.

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    1. Sim, bastante regular. Não é aquela obra prima, mas cumpre seu papel no entretenimento. É primário, como Carrie, e o suspense que o fez ficar tão requisitado não achei tão nota dez. É relativamente previsível, inclusive. Mss, de um modo geral, gostei da leitura. :)

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    2. Sim, bastante regular. Não é aquela obra prima, mas cumpre seu papel no entretenimento. É primário, como Carrie, e o suspense que o fez ficar tão requisitado não achei tão nota dez. É relativamente previsível, inclusive. Mss, de um modo geral, gostei da leitura. :)

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    3. Sim, bastante regular. Não é aquela obra prima, mas cumpre seu papel no entretenimento. É primário, como Carrie, e o suspense que o fez ficar tão requisitado não achei tão nota dez. É relativamente previsível, inclusive. Mss, de um modo geral, gostei da leitura. :)

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