quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Estrada da Noite - Joe Hill

Fantasmas, morte, medo...
Terror psicológico. E físico.

Joe Hill, filho de Stephen King e seguidor de seus passos na literatura de horror, nos apresenta a história de Judas Coyne, cantor de heavy metal e colecionador de tudo o que for bizarro, que, para se livrar da dor, se livrou da família. Ou do que restou dela.

De repente, uma oferta tentadora: comprar um fantasma.
Que ele aceitou prontamente, finalizando o leilão em site qualquer no momento em que bateu os olhos nele, e, ainda que não acreditasse verdadeiramente no 'fantasma', viu sua vida virar de pernas para o ar e seu terror começar.
Junto com o terror, o medo e o risco de perder sua vida.

Sem entender porquê, Jude tenta descobrir a origem e a razão para ter recebido aquela oferta e por que este fantasma lhe desejava tanto mal e, inclusive, sua morte.

Em um livro recheado de conflitos psicológicos, Joe Hill apresenta uma escrita direta, sem enrolações ou muitas explicações, as quais tenta recuperar no decorrer das páginas.

Particularmente, achei a primeira terça parte do livro "rápida" demais. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Não que isso seja ruim, mas dá a impressão que Hill quer acabar logo a história. Porém, buscando, e utilizando, as explicações que faltaram no início da história, o restante do livro se desenrola mais lentamente, ficando até mais agradável de se ler.

A história é boa, tem bom enredo e personagens e situações que sustentam esse enredo. E Hill mostra claramente a influência do pai em seus personagens.

Uma leitura gostosa, que garante bom entretenimento, assusta na medida, mas nada que um fã de Stephen King não esteja acostumado e consiga lidar facilmente. A comparação é, quase, inevitável.

O final, de certa forma, surpreende e leva o leitor a pensar que foi um bom livro. E só.

Não entra, na minha humilde opinião, no rol dos "mais mais".
Apesar disso, é um bom livro.

Nota 8.

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