Quando adquiri o livro, a resenha e a sinopse que li pareciam bastante interessantes, mas demorei mais de um ano para ter a iniciativa de lê-lo e mais de um mês para terminá-lo.
A história gira em torno de divindades e seres supremos e superiores, como A Morte (Dennis), Fado (Fábio), Destino, Deus (Jerry), entre tantos outros personificados de maneira bastante caricata ao longo das 271 páginas do livro.
O autor, ao que parece, buscou um modo diferente, outra vertente talvez, para retratar a espécie humana e suas relações - entre si e na vida, de modo geral, sendo bastante irônico ao fazer críticas sobre o consumo exacerbado, o descaso em relação aos que não podem trazer vantagens, a falta de cuidado com as próprias ações e pensamentos e o quanto tudo isso influencia o modo como os seres humanos vivem suas vidas na Terra, mostrando o quanto uma ação ou decisão equivocada pode trazer consequências nefastas.
Ao encontrar-se com sua vizinha Sara, Fábio se apaixona e, no decorrer das páginas, suas palavras, ações e atitudes vão sofrendo mudanças que se baseiam no modo como ele gostaria de ser para que Sara se apaixone por ele. Entretanto, estas mudanças provocam alterações cósmicas e o desfecho da história é bastante interessante.
O início e o meio do livro são monótonos, quase levando a deixá-lo de lado, porém as últimas 90-100 páginas compensam a chatice inicial. É apenas no último terço que a ironia surge com vontade e os questionamentos existenciais ganham intensidade.
O final, apesar de surpreender, é rapidamente percebido pelo leitor nas páginas pouco anteriores. Contudo, apesar disso, não desmonta a surpresa e confirma, até, as hipóteses sobre os questionamentos existenciais presentes.
É um livro pra ler quando não houver nada bom disponível na estante (ou no leitor digital, celular, tablet...).
Nota 6,5.
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