Muitas vezes, quando se escolhe um livro pra ler, entre tantos, e de um gênero diferente do preferencial, não se costuma esperar que os personagens e suas histórias mexam tanto com o leitor, mas, de certo modo foi exatamente o que ocorreu.
Ao receber uma carta de uma velha amiga, sem saber, Harold Fry dá início a uma jornada que vai levá-lo por caminhos desconhecidos, esquecidos, inesperados...
Ao imaginar que outras pessoas pensam e sentem como nós, ou ao julgar de qual modo as pessoas falam e de pensam e você, muitos enganos podem estar acontecendo, muitos desencontros podem ocorrer nos longos e desconhecidos caminhos da vida.
Grandes decepções, amores mal compreendidos, culpa, vergonha, auto conhecimento, alegrias e tristezas são elementos presentes na história de Harold e a autora nos leva por esses caminhos, nos mostrando belas paisagens e que, para começar uma longa jornada, tudo de que precisamos é dar o primeiro passo, ouvir o próprio coração e ter coragem para enfrentar os desafios e seguir em frente, sem menosprezar a si próprio ou aos outros, sem vergonha, arrogância ou pré-julgamentos, expectativas excessivas e medos passados.
Em sua longa jornada, Harold Fry enfrenta seus medos mais profundos, enfrentando a si mesmo e ao mundo que habita, aprendendo depois de tanto tempo a se conhecer como homem e, mais ainda, como indivíduo.
Leitura mais que recomendada.
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