sexta-feira, 26 de abril de 2013

Resenha - A Zona Morta - Stephen King

Terminei ontem de ler o livro A Zona Morta de Stephen King. Mais um da coleção, que aumenta gradativamente, de forma lente, mas relativamente constante.
Essa será minha primeira resenha sobre um livro dele.

O livro conta a história de John Smith e seus acidentes, enquanto criança e, depois, quando adulto, que proporcionam a ele uma 'alteração' no seu modo de 'ver' as coisas. Muitos anos se passam entre um acidente e outro, mas ambos revelam uma habilidade. Se será boa ou ruim, vai depender muito do ponto de vista do leitor, pois ela pode proporcionar informações valiosas sobre uma pessoa, para ajudá-la, bem como informações repugnantes e que podem transtornar uma pessoa. Vai depender de Johnny saber como trabalhar com esta habilidade. Seus conflitos pessoais e, após o grande período de coma pelo qual passa, o conflito com a mãe, influenciam bastante nessas decisões, bem como a pouca vontade de ser famoso, de "ter que atender, sempre, as vontades das pessoas".

Gostei do livro, porém senti uma certa compaixão pelo Johnny.
O tempo todo, todos tentando tirar dele informações que lhas convençam de que as coisas serão sempre boas e não respeitando o momento dele de se recuperar de um grave acidente, não permitindo a ele que retome sua vida, pessoal, familiar e amorosa. Associado a isto, vem o conhecimento sobre uma situação muito ruim que pode ser deflagrada dali a alguns anos e que, talvez, apenas ele seja capaz de mudar.

Acredito muito nas possibilidades de exacerbação da percepção por diversos meios. Um paranormal, vidente ou o que quer que seja, possui essa habilidade, que muitas vezes é mal interpretada e não é aceita por muitas pessoas. No caso de John Smith, além do acidente que o mutilou de anos de vida ao lado da família, namorada e de si mesmo, ainda havia as pessoas ao redor, tentando lhe sugar informações, não o deixando por sua conta para se recuperar do próprio trauma de ter perdido a si mesmo para um acidente, que lhe trouxe tantos problemas, dores e insatisfações, assim como para as pessoas, que lhe atormentavam com seus pedidos e desejos, como se lhe fosse possível agradar a todos em detrimento de poder se recuperar e voltar a viver sua vida, como desejava.

Flávia Peçanha - 26.04.13

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