Primeiro romance do autor, o livro nos apresenta um Rei totalmente diferente de tudo o que já se pensou: um Rato, O Rato, O Rei Rato. Antagônico, interesseiro, asqueroso, ele conduz Saul por caminhos desconhecidos, modificando tudo o que ele sempre acreditou ser verdadeiro na sua cidade e em suas relações.
Ao perder o pai, o rapaz vive situações totalmente fantásticas, se descobre diferente e assim se modifica conforme suas necessidades. O risco de viver desta forma, os locais por onde passa e onde vive, tudo tão divergente e diferente.
O autor nos apresenta uma Londres diferente, mais rica, mais detalhada, nos descreve seus esgotos, sua música e parte de sua população.
As músicas, a batida do drum'n bass que leva o livro praticamente do começo ao fim, embalando a grande batalha, com o jungle associado ao som da flauta doce, carrega o leitor quase no colo, se interessando mais e mais a cada página.
Se você tem estômago fraco, em alguns momentos é necessário parar para dar uma respirada. Se tem aversão ou fobia a ratos como eu, o lance é ler devagar (como eu fiz), tentando personificar estes seres fundamentais nesta história.
As histórias européias sobre Anansi, a Grande Aranha e o Flautista de Hamelin, são também bons personagens neste livro bem escrito.
Gostei muito deste livro.
Leitura recomendada!
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