Depois de alguns meses, terminei 22.11.63. Faz algum tempo que deixei de lado o hábito da leitura por entretenimento, mas há, agora, sérias intenções em retomá-lo.
O primeiro foi justamente esse, autor preferido, história interessante, baseada em fatos, bem pesquisada e bem desenvolvida.
A premissa de Novembro de 63 surge a partir da possibilidade da viagem no tempo e com ela modificar situações que tiveram grande impacto na história.
Jake Epping, O Viajante, porém professor de Literatura inglesa, é um personagem bastante interessante e bem construído, que nos faz participar da história, e nos instiga e comove no decorrer das páginas.
É interessante pensar na possibilidade das mudanças de situações e das alterações que estas mudanças promoveriam no tempo atual... Várias possibilidades, associadas e interdependentes, que se autoajustam quando necessário.
King relata no epílogo que tentou escrever este livro em 1972, sem sucesso pelas razões que ele expõe e que, eu acredito, bastante válidas. Seria bastante complicado mexer com a cabeça, os humores e a imaginação humana ainda tão perto dos atos ocorridos em 1963... E tendo-o publicado bem mais tarde facilitou ao leitor conhecer, ainda que muito superficialmente, uma pequena parte da história dos Estados Unidos da América.
O começo, como toda obra do King, é bastante descritivo, cheio de detalhes que acabam arrastando um pouco a leitura. A ação, as garras que seguram o leitor surgem no segundo terço do livro e vão aliviando sua pegada um pouco antes do final.
E o final... bem..
King não tem fama de bons finais, mas este, para mim, foi bom. Foi um final justo.
É um livro que leria novamente?
Com toda certeza!